quinta-feira, dezembro 19, 2002

nos idos de 99 toquei numa banda chamada Chateau Lunar.

eu tocava percussão.

era uma banda pop... com composições próprias, mas também rolava alguns covers, como Picassos Falsos, Plebe Rude, IRA!, etc...

era divertido... creio que ano que vem o povo se reúna novamente para brincar um pouco.


Da esquerda para a direita: Beto (boca-aberta), eu (c/ pouco cabelo), Jean (Janço), Sandro e Marcelo

Acessem o site CabezaMarginal.
é uma proposta de um novo espaço para a arte, além de ser um espaço de experimentação... lá há o link para um blog, no qual estou começando a participar...


e depois falem-me o que acham...
bem... a partir de amanhã estarei de férias... estou providenciando uma conexão em casa... mas, para entrar em contato comigo podem enviar e-mail para fernando@fernando.ribeiro.nom.br ou fernandoribeiro79@yahoo.com.br.
sitemeter

essa é boa puteiros...

viu Klein, nem precisei falar sobre e já vieram parar aqui...

terça-feira, dezembro 17, 2002

Por mais que se diferenciem entre si comunidades de comensais, salões e cafés, no tamanho e na composição de seu público, no estilo de seu comportamento, no clima de raciocínio e na orientação temática, todos tendem sempre a organizar, no entanto, a discussão permanente entre pessoas privadas; dispões, para isso, de uma série de criteerios institucionais em comum. Em primeiro lugar, é exigida uma espécie de sociabilidade que pressupões algo como a igualdade de status, mas que inclusive deixa de levá-lo em consideração. Contra o cerimonial das hierarquias impões-se tendencialmente a polidez da igualdade. A paridade, cuja base é tão somente que a autoridade do argumento pode afirmar-se contra a hierarquia social e, por fim, até se impor, para o espírito vigente à época, significa a igualdade do simplesmente "meramente humano". Les hommes, private gentlemen, Privatleute constituem o público não só no sentido de que poder e respectabilidade dos cargos públicos não mais vigoram; também relações de dependência econômica não deveriam mais ser, em princípio, eficazes; leis do mercado estão aí suspensas, tanto quanto as do Estado. Não que se deva crer que, com os cafés, os salões e as associações tal concepção de "publico" tenha sido efetivamente concretizada; mas, com eles, ela foi institucionalizada enquanto idéia e, com isso, colocada como reivindicação objetiva e, nessa medida, ainda que não tenha se tornado realidade, foi, no entanto, eficaz.

HABERMAS, J. Mudança estrutural da Esfera Pública:investigações quanto a uma categoria da sociedade burguesa. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1984. p. 51-52.


Bem... este é um trecho em que Habermas fala sobre o surgimento da esfera pública. O "público" já existia nos gregos, mas era um espaço construído a partir da concepção do ato de falar. De poder falar e somente isso, não estar preso a nenhuma outra necessidade humana, como o trabalhar.

Esta parte acima trata-se da formação da esfera pública burguesa a partir do séc. XVIII. Já havia um público na época que era o representante do Poder Público, ou seja, formado pela aristocracia, côrte, etc. Começa a surgir nas cidades um novo espaço público a partir dos salões.

Ler isso lembra-me quando eu estava preparando a minha exposição Pingüins. Lembro-me de pensar o bar como o atual "espaço público" num sentido grego... ou seja, é o ambiente, hoje, onde a discussão, a conversa e a fala mais se proliferam... mais até do que a rua, a praça ou o parque, estes que estão mais relacionados a um espaço público instituido por um poder público.

Inserir os Pingüins nas mesas do bar era mais do que colocá-los em confronto com o público, mas sim inserí-los no contexto público...



sexta-feira, dezembro 13, 2002

E saiu a primeira edição da revista do repente...

devido a minha correria com serviço e monografia, eu não pude participar desta edição, mas irei participar de outras, com certeza...

sem mais voltas, estou copiando o texto da página... vocês podem baixar a revista em pdf no seguinte site http://www.thethirdnipple.com/dorepente/

A "do repente" é uma revista em PDF. Ela será "lançada" no dia 13 de cada mês. Simples assim: dia 13 você vem até o site, baixa o arquivo (se quiser, imprime) e lê.

Essa peculiar revista também possui algumas excentricidades. Ela sempre é feita em cima de uma proposição. Um vocábulo ou expressão é dado como tema para escritores, fotógrafos, ilustradores, tico-ticos no fubá ou curiosos que queiram participar do "repente".

Nós também propomos o seguinte desafio: queremos promover um "rodízio" de atividades aos colaboradores. Você pode ser um grande escritor, mas em nada seria demeritório experimentar a representação de outra maneira. Mudar o foco e desengessar as formas de expressão podem ser bons exercícios, halteres para a sensibilidade.

Aqui ninguém ganha um tostão. Fama e fortuna não são as perspectivas futuras. Brincar e promover os "desafios de improviso" em comunicação e artes é o que interessa.

Parte chata: os textos ou imagens devem ser enviados até o dia anotado na tabelinha ao lado como "deadline" para o e-mail dorepente@thethirdnipple.com. Dúvidas, questões existenciais e problemas psicologicos serão discutidos e resolvidos pelo mesmo e-mail.

JMM Kazi e Camila Kintzel Editores-em-chefe substitutos



vão lá e depois digam-me o que acham...
seção site meter

eu havia parado com isso... mas é que agora que apareceram pessoas procurando por algumas coisas engraçadas como

topless 1280 x 1024

ou

cabelos john frusciante

certo!

quinta-feira, dezembro 12, 2002

nunca vi um blog simplesmente morto... geralmente ele é assassinado... e geralmente é pelo pai ou mãe da criança... isto é, assassinato infantil e dentro do meio familiar...

será que algum dia alguém irá estuprar um blog!?


fiz esse comentário , achei que vale um post... e de repente novos post... esta é uma questão que me intriga...

quarta-feira, dezembro 11, 2002

No primeiro ano de faculdade descobri a arte. No terceiro ano descobri a arte como comunicação.

A comunicação tornou-se o objetivo principal do meu fazer artístico: uma relação entre pensamentos, entre corpos, entre objetos. A comunicação como uma relação contínua entre ação e reação. Sobre este entre, penso muito numa citação de Hannah Arendt: “…o homem é a-político. A política surge no entre-os-homens, portanto, totalmente fora dos homens”.

A política de que fala Arendt é uma política de relação. Quando penso em arte, mas principalmente no meu trabalho e processo de criação artística, penso em como transpor o conceito de política de Arendt para a arte. É neste sentido que penso a arte “entre-os-homens”.
Sinto necessário um meio-termo, busco por um meio-termo. Por isso, durante um processo de amadurecimento, encaminhei-me a pensar sobre o público.

Usar o termo público necessita de um certo cuidado, como retrata Jurgen Habermas:
“Chamamos de ‘públicos’ certos eventos quando eles, em contraposição às sociedades fechadas, são acessíveis a qualquer um – assim como falamos de locais públicos ou de casas públicas. Mas já falar de ‘prédios públicos’ não significa apenas que todos têm acesso a eles; eles nem sequer precisam estar liberados à frequentação pública; eles simplesmente abrigam instituições do Estado e, como tais, são públicos. (…) A palavra já tem um outro significado quando se fala de uma ‘recepção pública’; em tais ocasiões, desenvolve-se uma força de representação, em cuja ‘natureza pública’ logo entra alguma coisa de reconhecimento público. A significação também se desloca quando dizemos que alguém alcançou renome público; o caráter público do renome ou ate da fama se origina de outras épocas que não as da ‘boa sociedade’.”

E citando Elizabeth Young-Bruehl sobre a filosofia política de Hannah Arendt:
Os homens podem laborar ou trabalhar na solidão mas, se o fazem, não percebem suas qualidades especificamente ‘humanas’; eles são como as bestas de carga ou como demiurgos divinos. Os homens não podem, por outro lado, agir na solidão. A pluralidade é o ‘sine qua non’ da ação. A ação é dependente da presença constante de outros, requer um espaço público.

Quando penso em público, penso em um público plural, talvez numa relação entre-a-arte-e-os-homens. Sei que em todos os segmentos de uma sociedade podem ter pessoas abertas a uma relação com a arte, seja qual for a sua forma. Através de minha experiência de vida pude constatar isso; desde estar em contato com pessoas que não pertencem ao “mundo da arte” à minha atividade como DJ, que desde 1998 proporciona-me uma vivência da comunicação e de fruição pelo público de modo mais abrangente.
logo atualizarei os links ao lado...

espero que logo...
acho que estou entrando em ritmo de férias...

segunda-feira, dezembro 09, 2002

Eu estava para fazer um post imenso e tal...

mas eu acho que poucas palavras bastam...

geralmente quando vou a Sampa sempre tem algo que me deixa muito bem, algo que faz valer a pena eu ter ido.

Bem, no último fim-de-semana que fui a Sampa... o que mais valeu a pena na viagem foi ter conhecido este rapaz...
um grande abraço!
Alan e Ginger... foi uma pena o que ocorreu, realmente... mas são coisas da vida (eu também quase esqueci o meu celular aqui em Curitiba... risos...)

mas pode deixar que na próxima vamos marcar previamente... e acho que terei mais tempo pois pretendo ficar uns dias a mais que o fim-de-semana...

Eu já estou arrumando a imagem abaixo...

A festa de aniversário do James foi ótima!!! Eu acabei sendo o DJ que mais discotecou... comecei no horário programado: 22h30... mas ao invés da 1 hora programada... toquei 3 horas... indo até 1h30... muito lounge e um pouco de pista... estava muito bom!!! E só quando saí do som que pude perceber o quanto de gente tinha lá... o público do James é muito grande!!! Para quem conhece o James (como a Srta. Miss Blame), é difícil de imaginar tanta gente...

No entanto... não consegui ficar a noite inteira... eram umas 3h30 e eu já estava puxando o barco... bem... virei a noite de sexta para sábado trabalhando... e só fui dormir lá por 16 horas... traduzindo... fui a festa com a metade das forças... mas foi legal...

sexta-feira, dezembro 06, 2002

Bem... esta foto é da Trash Bloggers 4 e foi tirada pelo Tiago DJ

...

bem... na verdade estou colocando-a aqui para duas pessoas, Ewert e Sanae, ambos em segundo plano...
Cansaço...

quando se está cansado... por empreender muita energia em algo... muitas vezes é gratificante...

no entanto... estar cansado... onde empreender energia é parte... e ter energia sugada por fonte externa... é terrível...

eu quero minha energia de volta!!!
Bem... na correria não deu para scannear o flyer... mas eis o aviso:

Amanhã, Sábado, 07.12.2002 terá a festa de Aniversário de 4 anos do James

Só que não será no James, será no CWB Eventos - R. Eurides da Cunha, 244 - Água Verde

Entrada: R$ 7,00 antecipados / R$ 10,00 no local

e a programação é a seguinte

10h00 - 11h30 Fernando Ribeiro (electrolounge)
11h30 - 01h00 ESS
01h00 - 02h00 Leandro (pop anos 80)
02h00 - 03h00 Luciano (brit pop)
03h00 - 04h00 Sonderam (big brit - rock beat)
04h00 - 05h00 Alexandre (rock)
05h00 - 06h00 Adriano (psy-trance)


telefone para informações: 41.222-1426
Ah!
Agradecimentos especiais a Mustang e ao Klein... pelo apoio logístico em Sampa e pela sempre agradável companhia que ambos proporcionam.

quinta-feira, dezembro 05, 2002

Bem... não vou continuar o mega-post... principalmente porque esta estória de narrativa cansa muito... hehehe...

mas vou falar de algumas pessoas que conheci... muitas que já leio seus blogs a tempos... assim como outras que nunca li... pessoas que conheci a pouco tempo... etc...

Primeiramente, gostaria de dizer que foi difícil assimilar tantas pessoas/blogs ao mesmo tempo...

Já na fila da trash conheci o Diaknoff, uma grande figura que eu queria ter conhecido... pena que conversamos pouco... mas sempre estamos em contatos "virtuais". E também o Tiago Dj, que eu já tinha visto na Trash Bloggers passada.

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Conheci o "odiado" Ferris e o grande mito, o imperador Nabucodonosor... foi um grande prazer...

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Conheci a Raks... e ela não é nada do mal...

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Direciono-me para perguntar ao Nabuco sobre a Tuka e é neste momento que ela aparece do nada... Tuka adorei te conhecer e quando vier para cá avise... traga o Nabuco que vamos marcar algo...

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Alguém chega e fala-me que a conheço e conversamos via ICQ... não sei se estranhou, mas dei uma parada para lembrar quem que poderia ser (já que estava fácil pois não é que falo com muita gente no ICQ... risos...). Só tinha uma possibilidade... que parecia-me muito remota se ela não tivesse aparecido na minha frente... bem... essa foi uma das minhas grandes surpresas da noite... era a Ariana. Eu já estive muito próximo da casa dela... mas na época eu nem tinha blog... é uma pessoa adorável e que fiquei muito feliz em conhecer...

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A outra grande surpresa da noite foi conhecer a Sanae. Para alguém que estava falando que só ia na pizza, de repente chega e diz: "Oi, eu sou a Sanae". Bem... fiquei muito feliz com a sua presença Sanae!

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Enquanto ele chamava-me de bayano... eu o chamava de polaco... termos praticamente sinônimos... rs... mas como somente o Tonyy consegue, fui chamado de curitibayano... simplesmente genial.

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A Lenore me deu o Monstro da Caverna (vide PHYTON, M. Em Busca do Cálice Sagrado)... demais... demais... tanks!

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De quem eu nunca havia entrado no blog conheci o dan.zero, a Keka, a Karla Lopez, a Ligia, a D*, etc...
bem, a Karla foi quem me puxou para a pista... acho que se não fosse ela eu continuaria no saguão conversando... Ligia, lembro-me de ter te visto na Trash Blogger passada... e... algo que falamos no final... heheh.. bem, foi muito bom conhecer todos... e sim... estando novamente por aí, aviso!!!

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Por enquanto é só pessoal!!!

quarta-feira, dezembro 04, 2002

informe...

Abre amanhã, às 19 horas, a exposição do Alex Cabral no Projeto Parede, no bar Era Só o que Faltava (Av. República Argentina, 1334 - Curitiba/PR • Telefone: (41) 342-0826).
Betty, hoje ainda, só que mais a noite, te passo o endereço do aniversário do James.

beijos!
bem... ainda fazendo a continuação do mega-post...

mas antes que dê mais polêmica... ou que comece a dar... vou explicar o porque do Mr. Magipack...

vamos e venhamos que achei muito boa a sua observação Karla... estou rindo até agora... perversão.... hahahaha... Kit de sex shop...hahahahaha...
mas como a Dupla Abacate da Trash me apelidou, realmente não há nada de perverso... (talvez...rs...)...

Ah, Wicca, a Sanae deu essa idéia também... mas para minha performance não é que uso muito... hehehe

bem... sem enrolação, o motivo do apelido é a minha performance Sem título/Untitled... que logo devo publicar imagens de minha última apresentação...



Eu falo melhor dela na minha monografia de conclusão de curso que vocês podem baixar (ou abrir) por este link... está em PDF. E que a Mary W. leu e fez diversas colocações legais... lembro-me de algumas e outras estou tentando relembrar... hehehe...

Espero que esteja esclarecido sobre o Mr. Magipack!

terça-feira, dezembro 03, 2002

Li na Betty (Ah! vai ter festa de aniversário do James nesse sábado... venha, filha!!!)...

o original é está aqui

mas para quem está com preguiça colocarei logo abaixo com letras menores... este texto só vem para confirmar algumas posições minhas e principalmente a minha opinião sobre Arnaldo Antunes.

Tremendo teatrinho tribal

11.Nov.2002 | “Tribalistas” é um prato cheio para quem confunde pose com atitude, invencionice com invenção, ecletismo com mistura. Separados, Arnaldo Antunes, Carlinhos Brown e Marisa Monte têm méritos mais do que evidentes e cacoetes irritantes. Juntos, prevalecem os últimos nas 13 faixas que, compostas e executadas em conjunto, dão uma boa idéia da milenar arte de dizer/cantar o óbvio com ares de transcendência. Tudo em nome da alegria, tudo em nome do amor e daquela tal mudernidade caô.

“Cor de rosa e carvão”, disco que Marisa lançou em 1994 e que continua sendo o melhor de sua carreira, marca o início destas parcerias entre a cantora que brilha intensamente quando cai no samba, os tambores over da Bahia high-tech e a vanguarda paulista com um pé no rock e outro no concretismo literário. Daquela colaboração saíram belezas como “Maria de verdade” (Brown), “De mais ninguém” (Marisa e Arnaldo) e “Alta noite” (Arnaldo), o que só torna mais cruel a comparação com as composições “coletivas” que às vezes incorporam músicos como Davi Morais ou a cantora Margareth Menezes. Em tudo e por tudo, “Tribalistas” parece uma diluição de encontros que foram realmente surpreendentes e produtivos há 8 anos.

Só uma das 13 canções começa sem ruídos, que vão de água escorrendo a rádio fora de sintonia. Na maioria, o pseudo-estranhamento da introdução é engolido em 15 segundos por melodias bem convencionais e letras que são candidatas sérias às piores lançadas em 2002 – exceções feitas, diga-se logo, a “É você”, “Pecado é lhe deixar de molho” e “Carnalismo”, pois nas três música e palavra evidentemente resistem ao que um poeta de vanguarda como Arnaldo poderia chamar de teatrinho tribal da trinca. Somadas, as canções dão menos de 9 minutos de prazer num tormento que em 41 minutos - e ainda uma versão em DVD - vai do risível ao enervante.

Fica difícil eleger o ponto mais baixo de “Os tribalistas” mas, a começar pelo título, “Mary Cristo” é uma das favoritas. Marisa faz pose de Elizeth Cardoso mas deixaria Sandy envergonhada com “Já nasceu o Deus menino/E as vaquinhas vão mugindo/Blim blom, blim, blom”. Tá certo, é para ser singelo, delicado, mas no verso seguinte vem o toque trocadilhesco: “Blim blom nylon”. Sacaram? E mais singeleza: “Carneirinho me dá lã, mé/Passarinhos de manhã, né”. Uma beleza no mesmo modelito inocência de “Velha infância”, romantismo da complexidade de “Amor I love you”: “Você é assim/Um sonho pra mim/Quero te encher de beijos/Eu penso em você/Desde o amanhecer/Até quando me deito”. Pelo menos pouparam o velho Eça de Queiroz.

“Passe em casa” é a cara de Carlinhos Brown, que no disco toca baixo, balde, pandeiro, “tumbassouras”(sic), conga, caixinha de brinquedo, marimba, cinzeiro, vibrafone, estante de partitura e outros menos votados. Com a colaboração de Margareth Menezes, não faz feio diante da poética axé music com o refrão: “Passe em casa/Tô te esperando, tô te esperando/Estou esperando visita/Tão impaciente e aflita/Se você não passa no morro/Eu quase morro, eu quase morro”. Tudo, é claro, precedido por moderníssimos scratches e pontuados por trocadilhos de deixar Chico César com inveja como o dos versos “Repique tocou/O surdo escutou/E o meu corasamborim” – de “Carnavália”, sucessão de brincadeiras óbvias com nomes de escolas de samba cariocas.

Como a EMI precisa ganhar um dinheirinho e a capa do modernérrimo Vik Muniz não ajuda, a trinca também é popinha em “Já sei namorar”, chicletinho que sobre dois ou três acordes derrama a imortal poesia: “Já sei namorar/Já sei beijar de língua/Agora, só me resta sonhar”. Mas como todo mundo é esperto e crítico pacas, a garotada vai poder mais para frente se sacudir com reflexões frankfurtianas como “Não tenho paciência para televisão/Não sou audiência para a solidão”. Uma espécie de síntese (dialética, é claro) de Kid Abelha com Theodor W. Adorno.

Melhor nem comentar “O amor é feio”, onde entre pianos dissonantes e violões melódicos ouve-se “O amor é sujo/Tem cheiro de mijo/Ele mete medo/Vou lhe tirar disso”. Escrito assim parece bobo, mas cantado guturalmente por Arnaldo soa muito cult numa fórmula que permeia todo o disco: facilidades pueris + esquisitices cosméticas = ouvinte gratificado, que se acha inteligente.

Na música título, eles se dizem, claro, um “antimovimento que vai se desintegrar no próximo momento”. Mas se declaram “saudosistas do futuro”, que ao contrário de Raul Seixas “abusam do colírio e dos óculos escuros” e “são turistas, assim como você e seu vizinho/Dentro da placenta do planeta azulzinho”, momento-Djavânico inesquecível. Dá vontade de sair batendo palmas, cantando o refrão “Pé em Deus/E fé na taba” e começar a ouvir Jorge Vercilo com outros ouvidos.
Hoje é terça-feira e é dia de


Este é um projeto idealizado e posto em prática por mim e pelo DJ Adriano Costa. A proposta é apresentar ao público uma grande variedade de boa música numa noite praticamente ambiente. Eu e o Adriano somos os residentes e sempre há DJs convidados variados. As terças no James estão cada vez mais eletrônicas e a gama de gêneros e estilos que vocês podem ouvir varia do Lounge (fernando ribeiro) ao Psytrance (Adriano Costa)

Todas as terças-feiras a partir das 21 horas, no James - Vicente Machado, 894 - Curitiba - PR

segunda-feira, dezembro 02, 2002

bem... tudo ficou atropelado... apresentei minha monografia e logo terei que retomar o que passou... então... logo colocarei minhas novas aquisições... logo... ainda tenho que complementar o mega-post abaixo...
Bem... fim de semana em Sampa...

como falei abaixo... sempre desestress... todo aquele ritmo desestressa... principalmente porque não convivo em ele... hehehe...

Iniciando a conversa... tipo diário mesmo... na cara dura... isso praticamente só acontece quando vou a Sampa...

bem... eu havia programado algumas coisas para este fim-de-semana... encontrar o pessoal de blog (que provavelmente seria na Trash), comprar livros na Cultura, passar na Galeria Vermelho. Praticamente isso. Pouca coisa perto do que costumo agendar para um fim-de-semana em Sampa.

Sexta-feira estava Guarulhos, na Gráfica Bandeirantes acompanhando material gráfico. De lá fiz contatos com diversos amigos, falando com a Mustang e Lenore, confirmando minha presença na noite paulista já na sexta. Marquei com Mr. Belmondo e com o Edu Ewert um almoço na Liberdade para o sábado.

Saí da gráfica lá por 21 horas... parei na casa de minha amiga Malu a região do metrô Clínicas (que eu me localizo por metrô...). A dita balada marcada pela Lenore era no Salamandra... a 2 quadras de onde eu estava...
De blogueiros apareceram a Lenore, a Pan, a Mustang, a Elyana, o Klein e a Mary. De todos estes, somente a Mustang e o Klein que eu já conhecia... foi ótimo conhecer todos...

bem... não rolou no Salamandra então fomos ao DJ Club... vazio... portanto, agradável...deu para dançar (sim... tocou The Cutter do Echo... que adoro e geralmente quando ouço por aqui é porque eu estou discotecando... rs...) e conversar à vontade... conversei muito com a Pan (Curupira, sotaques, bandas os anos 80, principalmente sulistas como nós... hehehe) e a Mary (que conversamos até sobre minha monografia, Habermas, etc...).

Noite agradável... manhã de sábado perdida... e como marcado fui almoçar na Liberdade com Mr. Belmondo e com o Eduardo Ewert... não conhecia a Liberdade e estava curioso... com dois grandes amigos como esses foi divertido passear pelas galerias de lá... ainda mais que eu tinha que comprar o presente para minha amiga secreta da Trash (que era a Pan). Fomos almoçar num restaurante japonês que tinha um frango num molho de laranja que era magnífico!!! Bem, da vez passada fui com Ewert num restaurante indiano... agora num japonês... na próxima vai ser o mexicano que ambos tanto falam... Foi divertido... muito divertido... eu só estava um pouco cansado, mas tudo bem...

questões relacionadas a esta passagem na Liberdade:
eu procurava algo relacionado a ervilhas para minha amiga secreta Pan... já havia comprado o presente e que não tinha nenhuma relação com ervilha... entramos num mercado e Mr. Belmondo e Ewert entraram em ataques consumistas estéticos (sim, embalagem conta mais que produto). E realmente, estão totalmente certos... os pacotes são maravilhosos... Continuando, estando nós indo em direção ao caixa, ambos me chamam atenção para um pacote de ervilhas salgadas... não pensei duas vezes... peguei um pacote... quando saí de frente da prateleira, Mr. Belmondo fala algo como: esta ervilha é boa para comer, tomando uma cerveja (grifos meus). Bem, duas palavras chaves: cerveja e ervilha. Lá fui eu pegar mais um pacote para mim. Somente a noite a Sanae me contou que estas ervilhas não são tão salgadas assim... que seja... nem sei se vou comê-las pois já estão na penduradas na parede da cozinha por causa do pacote... tudo bem...
Saí com uma certeza de lá, da próxima vez que eu estiver em Sampa tenho que estar com grana extra para gastar neste mercadinho... heheheh...

Descobri com eles um novo apelido: Mr. Magipack ou como a Sanae comentou num comentário alheio: Majipack... Tanto faz... Dentro dos milhões de apelidos que freqüentemente recebo, como: Pinduca (no meio musical local), Chapado (a muito tempo atrás, na agência de propaganda que eu trabalhava), Azul (em Barra Velha...) e agora, devido ao meio bloguístico recebo o apelido fofo que a Lenore me deu: Fefis e Mr. Magipak, que também achei agradável... heheheh

Ok... preciso descansar... mas logo terá mais...
Rapaz... o pessoal é rápido por aqui...

só posso dizer que foi um ótimo fim-de-semana... estive em Sampa e conheci muita, mas muita gente... ainda estou tentando processar tanta informação... risos...

foi muito bom vê-los e revê-los... não sei se vou fazer um post do tipo estórinhas... pois a última vez que tentei fazer isso demorei mais de um mês... mas vou falar de muitas pessoas que conheci e que reencontrei... pessoas que eu freqüentava os blogs... e de blog de pessoas que eu nunca acessei...

então... vou começar fazendo posts perdidos... rizomáticos... nada lineares... mas no fim... quem sabe não tem uma unidade!?

bem... só sei que ir a Sampa é um desestress total...