Eis o evento do qual estarei participando nesta quarta-feira!
Quarta-feira às 20 horas : “Ocupação do Espaço Público”
"Quem habita este planeta não é o Homem, mas os homens. A pluralidade é a lei da Terra".
(Hanna Arendt)
Michele Moura (Bailarina)
Henrique Saidel (Diretor Teatral)
Newton Goto (Artista Multipadronagem)
Tom Lisboa (Artista Visual, Mestre em Comunicação e Linguagens)
Fernando Ribeiro (Artista Plástico e DJ)
E o público
Segundo Hannah Arendt em “A Condição Humana”: “O termo “ público ” denota dois fenômenos intimamente correlatos mas não perfeitamente idênticos. Significa, em primeiro lugar, que tudo o que vem à público pode ser visto e ouvido por todos e tem a maior divulgação possível...Em segundo lugar, o termo “público” significa o próprio mundo, na medida em que é comum à todos nós e diferente do lugar que nos cabe dentro dele.”
Pensar a experiência artística no espaço de realização da condição humana.
* O projeto Amigos dos Amigos que ocorre em Curitiba entre os meses de setembro e dezembro de 2004 é uma iniciativa do diretor teatral Fábio Salvatti,da atriz Ana Clara Fischer e da artista/pesquisadora Margit Leisner.
“Amigos dos Amigos” sugere formalmente uma ação de representação de meios de cooperação entre artistas locais. Formas que se originam de afinidades geográficas, da identificação dos “nós” de uma rede e de relações de troca subjetiva entre os “nós”.
Há ainda outras possibilidades de denotação desta “grife”. Neste aspecto, ”Amigos dos Amigos”, no espaço de representação que é o palco, vem re-significar a noção de ocupação relacionada às denotações que seguem:
Na Internet, é cada vez mais comum a prática indiscriminada do SPAM, envio de correspondência eletrônica com anúncios comerciais, campanhas eleitorais, anedotas e demais material caracterizado como “Lixo Eletrônico”. Uma das atuais modalidades de SPAM tem sido a prática do FoF (Friends of Friends), que é o envio dessa correspondência pouco relevante para uma lista de “amigos” e também para a lista de “amigos dos amigos”.
No dia 13 de junho de 1994 o chefe do tráfico de drogas do Complexo do Alemão (RJ), Orlando Jogador, foi assassinado por Uê, o “dono” do Morro do Adeus. Os dois eram líderes do Comando Vermelho que estavam em liberdade naquele momento. Uê foi expulso do CV e criou junto com Celsinho da Vila Vintém o “Amigos dos Amigos”, que se associou ao Terceiro Comando e se tornou a facção mais violenta do crime organizado no Brasil. Uê foi assassinado em 2002, dentro do presídio de Bangu 1, a mando de Fernandinho Beira-Mar, integrante do CV e um de seus principais desafetos.
“Amigos dos Amigos” é também um eufemismo que se refere ao “toma lá, dá cá”, ao “jeitinho”, às práticas políticas menos nobres, como o loteamento de cargos públicos, o tráfico de influências, a corrupção ativa e passiva em nosso país.
O tema do presente projeto é a ocupação de espaços através de colaborações. Por isso a escolha do nome que está associado ao mesmo tempo, à tomada inescrupulosa do espaço virtual; a consolidação de um “poder paralelo” que ocupa tanto um espaço geográfico quanto jurídico; e a indistinção entre os espaços públicos e privados na gestão do poder público.
No presente projeto estão envolvidos mais de 60 artistas, dentre equipes das leituras dramáticas e convidados para os encontros.
Tenha um bom dia e acompanhe a programação.
? “Elisaveta Bam” – Daniil Charms (Rússia) 28.09
? Ocupação do Espaço Público 29.09
? “A Velha” – Daniil Charms 12.10
? A Formação do Artista 13.10
? “Mulheres sonharam Cavalos” – Daniel Veronese (Argentina) 19.10
? O Exercício da Crítica 20.10
? “Open House” - Daniel Veronese 26.20
? Grife em Arte 27.10
? “Casamento Palavrakis” – Angélica Liddel (Catalunha) 23.11
? Tecnologia x Ditadura da Forma 24.11
? “A Falsa Suicída” - Angélica Liddel 07.12
Terrorismo Poético 08.12
segunda-feira, setembro 27, 2004
segunda-feira, setembro 20, 2004
e sim... claro que já voltei e ando correndo com várias coisas... e de modo algum abandonei esse espaço... mas já estou me preparando para utilizá-lo para alguns escritos...
algo relacionado a Orlan...
P.S.: a muito tempo eu havia lido... mas somente retomando que fui prestar atenção... a primeira operação-performance de Orlan data de 1990, que ela fez aos 43 anos... ou seja... um trabalho carregado de uma certa maturidade e reflexão que a idade e experiência podem proporcionar
algo relacionado a Orlan...
P.S.: a muito tempo eu havia lido... mas somente retomando que fui prestar atenção... a primeira operação-performance de Orlan data de 1990, que ela fez aos 43 anos... ou seja... um trabalho carregado de uma certa maturidade e reflexão que a idade e experiência podem proporcionar
quinta-feira, setembro 02, 2004
comecei um comentário no blog da Mary e resolvi transportar para cá... uma porque lá não dá para escrever muito... e outra porque estava virando um post mesmo...
Pollock é um caso clássico do gênio artístico não intelectualizado. Extremamente instintivo, ele consegue quebrar paradigmas sem necessitar 'estudar'. Não precisa. E quem adora isso são os críticos de arte, até hoje. Muitos críticos odeiam artistas que falam, que criam teorias etc, pois simplesmente acham que esse é o papel do crítico. Um pensamento meio retrógrado não!? O artista pode ser intelectual, também!
Pois bem, voltando ao assunto... No caso do Pollock ouve uma guerra clássica: Greenberg x Rosenberg... havia algo novo, uma real pintura norte-americana, incompreendida pelo grande público.. foi uma guerra de termos e quase possessões. Greenberg foi um crítico formalista... o formalismo era o seu terreno. O discurso dele é ligado as formas, ele trata de colocar o Pollock como continuação de uma tradição da pintura que vem desde Giotto passa por Cezzane e culmina em Pollock. Deve se ter em mente que havia um mercado próspero de arte e o crítico era o responsável por essa junção. Artista, mercado, público. Pollock era "a menina dos olhos" de Greenberg... e este crítico fez escola, presente até hoje.
Já Rosenberg trilhou outro caminho da crítica, ele não ligava os artistas do Expressionismo abstrato a uma tradição. Pelo contrário, ele dizia que esses eram os primeiros artistas norte-americanos realmente, ou seja, eles tinham algo de inovador. A inovação era a action painting, ou seja, de colocar dentro da pintura a ação de pintar, de se introduzir na pintura. Mas Rosenberg falou mais sobre De Kooning e na década de 50 já indicava a ascensão dos artistas da Pop Art...
Quanto a esse tema e diversos outros, eu sempre falo do livro Modernismo em Disputa, que foi lançado no Brasil pela Cosac & Naif. Para mim este é o melhor livro sobre a história da arte contemporânea, por começar na década de 30. Da depressão, da verba do governo norte-americano para patrocinar uma arte/cultura voltada a uma reconstrução do espírito norte-americano, o Pollock figurativo, Vanguarda e Kitsch do Greenberg e sua posição mais a esquerda... e como tudo isso, depois da 2a. Guerra mudou, ele mais voltado para a direita, as brigas dos críticos, a Pop Art, o Minimalismo, a briga de Michael Fried com Donald Judd (crítico x artista intelectual), a Land Art, toda onda contra a guerra do Vietnam, arte conceitual, e praticamente o livro culmina com o fim da década de 80. Todo o livro percorre uma linha sociológica, proporcionando uma excelente riqueza em termos de fatos e contexto, assim como as teorias vigentes.
Pollock é um caso clássico do gênio artístico não intelectualizado. Extremamente instintivo, ele consegue quebrar paradigmas sem necessitar 'estudar'. Não precisa. E quem adora isso são os críticos de arte, até hoje. Muitos críticos odeiam artistas que falam, que criam teorias etc, pois simplesmente acham que esse é o papel do crítico. Um pensamento meio retrógrado não!? O artista pode ser intelectual, também!
Pois bem, voltando ao assunto... No caso do Pollock ouve uma guerra clássica: Greenberg x Rosenberg... havia algo novo, uma real pintura norte-americana, incompreendida pelo grande público.. foi uma guerra de termos e quase possessões. Greenberg foi um crítico formalista... o formalismo era o seu terreno. O discurso dele é ligado as formas, ele trata de colocar o Pollock como continuação de uma tradição da pintura que vem desde Giotto passa por Cezzane e culmina em Pollock. Deve se ter em mente que havia um mercado próspero de arte e o crítico era o responsável por essa junção. Artista, mercado, público. Pollock era "a menina dos olhos" de Greenberg... e este crítico fez escola, presente até hoje.
Já Rosenberg trilhou outro caminho da crítica, ele não ligava os artistas do Expressionismo abstrato a uma tradição. Pelo contrário, ele dizia que esses eram os primeiros artistas norte-americanos realmente, ou seja, eles tinham algo de inovador. A inovação era a action painting, ou seja, de colocar dentro da pintura a ação de pintar, de se introduzir na pintura. Mas Rosenberg falou mais sobre De Kooning e na década de 50 já indicava a ascensão dos artistas da Pop Art...
Quanto a esse tema e diversos outros, eu sempre falo do livro Modernismo em Disputa, que foi lançado no Brasil pela Cosac & Naif. Para mim este é o melhor livro sobre a história da arte contemporânea, por começar na década de 30. Da depressão, da verba do governo norte-americano para patrocinar uma arte/cultura voltada a uma reconstrução do espírito norte-americano, o Pollock figurativo, Vanguarda e Kitsch do Greenberg e sua posição mais a esquerda... e como tudo isso, depois da 2a. Guerra mudou, ele mais voltado para a direita, as brigas dos críticos, a Pop Art, o Minimalismo, a briga de Michael Fried com Donald Judd (crítico x artista intelectual), a Land Art, toda onda contra a guerra do Vietnam, arte conceitual, e praticamente o livro culmina com o fim da década de 80. Todo o livro percorre uma linha sociológica, proporcionando uma excelente riqueza em termos de fatos e contexto, assim como as teorias vigentes.
ausente... mas não muito...
na realidade estou organizando minha vida por aqui... organizando meu material, sites, etc... é que pintou muitas ferramentas e que, enfim, após um período de adaptação, estou conseguindo direcioná-las para os meus interesses. Além deste blog, vocês podem me encontrar nos seguintes links:
Página Pessoal: direcionando-se para informações fixas, aqui você pode encontrar fotos de meus trabalhos artísticos, pinturas, performances além das reportagens que saíram no jornal.
Orkut: também estou lá
Fernando Ribeiro no Multiply: esta ferramenta está me proporcionando organizar meu calendário de eventos além de permitir montar álbuns de fotografia. Lá já há fotos de algumas de minhas performances assim como da oficina que eu dei ano passado O Corpo e o Espaço - Uma introdução a Performance Art.
Ah, sim... estou preparando mais coisas para cá, também!
na realidade estou organizando minha vida por aqui... organizando meu material, sites, etc... é que pintou muitas ferramentas e que, enfim, após um período de adaptação, estou conseguindo direcioná-las para os meus interesses. Além deste blog, vocês podem me encontrar nos seguintes links:
Página Pessoal: direcionando-se para informações fixas, aqui você pode encontrar fotos de meus trabalhos artísticos, pinturas, performances além das reportagens que saíram no jornal.
Orkut: também estou lá
Fernando Ribeiro no Multiply: esta ferramenta está me proporcionando organizar meu calendário de eventos além de permitir montar álbuns de fotografia. Lá já há fotos de algumas de minhas performances assim como da oficina que eu dei ano passado O Corpo e o Espaço - Uma introdução a Performance Art.
Ah, sim... estou preparando mais coisas para cá, também!
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