quinta-feira, dezembro 03, 2009
quinta-feira, novembro 26, 2009
quarta-feira, novembro 18, 2009
terça-feira, novembro 17, 2009
Bem... nesses 4 meses que se passaram aconteceu:
1. fiz uma conta no twitter... ainda não sei bem como funciona a coisa ou se tem alguma serventia, mas estamos por lá. http://www.twitter.com/fern_ribs
2. encontrei todo o povo da minha 'geração blogueira' por lá, com remembers de amigo secreto em Trash 80, inclusive.
3. Fui ao MIP2 em BH. Festival maravilhoso de performance art. Registrei muitas coisas, vi muitas coisas boas. Bom demais. Quem lembra do teor do meu blog no passado sabe que a performance art sempre foi um tema corrente por aqui.
4. Escrevi um texto para a revista do CEIA, organizadora do MIP, confira aqui:
5. Ainda não terminei minha monografia-artigo de especialização. Mas já andou a beça. Está relacionado a performance art, também. A especialização é em Estética e Filosofia da Arte, Depto. de Filosofia da UFPR.
6. Ah, sim. Meu artigo será publicado nos Anais do 17o. Cole.
7. Ainda toco no Santillana Lounge Bar, todas as quartas a noite. E agora estou testando transmissão ao vivo via web. Algo que você pode conferir aqui: http://qik.com/fern_ribs
8. Apresentei a performance O Datilógrafo em um evento de Literatura e Jornalismo no Sesc da Esquina, Curitiba, Paraná.
9. Escrevo pouco por aqui porque ultimamente só ando pensando em 'artigos, artigos e mais artigos'. Para mim o blog ainda é o blog de 2002. Não possui um estatuto de 'revista alternativa' ou qualquer estatuto equivalente... é um espaço informal... para mim sempre será.
ps.: vou atualizando enquanto me lembro das coisas.
1. fiz uma conta no twitter... ainda não sei bem como funciona a coisa ou se tem alguma serventia, mas estamos por lá. http://www.twitter.com/fern_ribs
2. encontrei todo o povo da minha 'geração blogueira' por lá, com remembers de amigo secreto em Trash 80, inclusive.
3. Fui ao MIP2 em BH. Festival maravilhoso de performance art. Registrei muitas coisas, vi muitas coisas boas. Bom demais. Quem lembra do teor do meu blog no passado sabe que a performance art sempre foi um tema corrente por aqui.
4. Escrevi um texto para a revista do CEIA, organizadora do MIP, confira aqui:
5. Ainda não terminei minha monografia-artigo de especialização. Mas já andou a beça. Está relacionado a performance art, também. A especialização é em Estética e Filosofia da Arte, Depto. de Filosofia da UFPR.
6. Ah, sim. Meu artigo será publicado nos Anais do 17o. Cole.
7. Ainda toco no Santillana Lounge Bar, todas as quartas a noite. E agora estou testando transmissão ao vivo via web. Algo que você pode conferir aqui: http://qik.com/fern_ribs
8. Apresentei a performance O Datilógrafo em um evento de Literatura e Jornalismo no Sesc da Esquina, Curitiba, Paraná.
9. Escrevo pouco por aqui porque ultimamente só ando pensando em 'artigos, artigos e mais artigos'. Para mim o blog ainda é o blog de 2002. Não possui um estatuto de 'revista alternativa' ou qualquer estatuto equivalente... é um espaço informal... para mim sempre será.
ps.: vou atualizando enquanto me lembro das coisas.
segunda-feira, julho 13, 2009
17º COLE - Congresso de Leitura do Brasil
Então... semana que vem acontece o 17º COLE, em Campinas... e lá estarei com uma comunicação. Ando meio abduzido devido ela... mas vamos que vamos...
O congresso acontecerá no período de 20 a 24 de julho na Unicamp - Campinas/SP. Maiores informações é possível conseguir através do seguinte link: http://www.alb.com.br/portal/17cole/index.html
E a grade da programação, com mesas redondas, comunicações e conferências você pode conferir no seguinte link: http://www.cole.educacao.ws/programacaoFinal.php
O trabalho que hei de apresentar está inscrito no eixo temático Escritas, Imagens e Criação: a diferir
Estarei apresentando no dia 22/07/2009, local: FEF 07 e horário: 14:45.
Envio aqui o título do meu trabalho e o resumo
A inscrição da ação nas artes visuais: uma leitura
As artes visuais são estáticas por natureza: o movimento físico começa a aparecer no início do século XX em obras de arte de efeitos óticos. Mas a ação humana sempre esteve relacionada ao processo de produção da obra de arte de outros modos, tendo pelo menos seu fim relacionado ao surgimento dessa. Há, no entanto, um momento em que o conceito de ação, particularmente, passa a chamar a atenção da crítica de arte – senão da produção ela mesma. É a partir do período pós-Segunda Guerra Mundial, com o trabalho de artistas europeus, mas em especial norte-americanos, que a ação se transformará em fator incluso e significante da obra de arte. Nesse sentido, a contribuição do crítico de arte Harold Rosenberg, com seu artigo "Os Action Painter Norte-Americanos", de 1952, revela na reflexão teórica o processo prático da inscrição da ação como componente da obra de arte. Para o autor, a ação torna-se a especificidade da nova arte de sua época. Atribuindo ao agir humano tal importância, Rosenberg esboça uma pequena teoria da ação a partir do trabalho prático dos artistas. Reler suas reflexões e afirmações em tal artigo, sob a luz da filosofia da ação de Paul Ricoeur, possibilita não somente uma compreensão maior da teoria e da prática, mas também verificar as contribuições teóricas e práticas para as produções de arte subsequentes.
Então... semana que vem acontece o 17º COLE, em Campinas... e lá estarei com uma comunicação. Ando meio abduzido devido ela... mas vamos que vamos...
O congresso acontecerá no período de 20 a 24 de julho na Unicamp - Campinas/SP. Maiores informações é possível conseguir através do seguinte link: http://www.alb.com.br/portal/17cole/index.html
E a grade da programação, com mesas redondas, comunicações e conferências você pode conferir no seguinte link: http://www.cole.educacao.ws/programacaoFinal.php
O trabalho que hei de apresentar está inscrito no eixo temático Escritas, Imagens e Criação: a diferir
Estarei apresentando no dia 22/07/2009, local: FEF 07 e horário: 14:45.
Envio aqui o título do meu trabalho e o resumo
A inscrição da ação nas artes visuais: uma leitura
As artes visuais são estáticas por natureza: o movimento físico começa a aparecer no início do século XX em obras de arte de efeitos óticos. Mas a ação humana sempre esteve relacionada ao processo de produção da obra de arte de outros modos, tendo pelo menos seu fim relacionado ao surgimento dessa. Há, no entanto, um momento em que o conceito de ação, particularmente, passa a chamar a atenção da crítica de arte – senão da produção ela mesma. É a partir do período pós-Segunda Guerra Mundial, com o trabalho de artistas europeus, mas em especial norte-americanos, que a ação se transformará em fator incluso e significante da obra de arte. Nesse sentido, a contribuição do crítico de arte Harold Rosenberg, com seu artigo "Os Action Painter Norte-Americanos", de 1952, revela na reflexão teórica o processo prático da inscrição da ação como componente da obra de arte. Para o autor, a ação torna-se a especificidade da nova arte de sua época. Atribuindo ao agir humano tal importância, Rosenberg esboça uma pequena teoria da ação a partir do trabalho prático dos artistas. Reler suas reflexões e afirmações em tal artigo, sob a luz da filosofia da ação de Paul Ricoeur, possibilita não somente uma compreensão maior da teoria e da prática, mas também verificar as contribuições teóricas e práticas para as produções de arte subsequentes.
segunda-feira, maio 25, 2009
Atualizações
•••
Primeiramente... entrei no dito cujo do Twitter esses tempos atrás. Além de encontrar uma renca de gente da 'minha época' de blog, muitos amigos daqui, DJs e selos... ganhei alguns convites para shows e parece-me uma boa ferramenta para divulgação. Mas eu não vou muito além disso.
Como não sou um informante, nem um profissional da informação, como ando falando pouca coisa... nem sei porque 'me seguem'... mas juro que estou tentando botar algo útil lá... sobre programa de rádio, shows, infos em geral... mas vamos que vamos...
•••
Secundariamente, em agosto vai rolar a 2a. Edição do MIP - Manifestação Internacional de Performance. 2009. Para quem não fuçou esse meu blog ou não faz a mínima idéia sobre esse espaço, em 2003 participei da primeira edição do MIP... e se não me engano fiz comentários sobre e tudo o mais por aqui... algo meio proto-twitter... mas com mais caracteres... esse ano... devo voltar lá... e devo comentar algo aqui...
curte performance art, faz trabalhos nesse sentido, etc... então... não perca:
http://www.ceia.art.br/mip2/CEIA_MIP2_inscricoes_abertas_web.pdf
Em breve volto com mais infos...
•••
Ps.: a mensagem abaixo foi um teste para apresentar a ferramenta e as possibilidades que o blogger proporciona, isso tudo a 'minha chefia'... bem... como ele rendeu um comentário, merece ficar... haha
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Primeiramente... entrei no dito cujo do Twitter esses tempos atrás. Além de encontrar uma renca de gente da 'minha época' de blog, muitos amigos daqui, DJs e selos... ganhei alguns convites para shows e parece-me uma boa ferramenta para divulgação. Mas eu não vou muito além disso.
Como não sou um informante, nem um profissional da informação, como ando falando pouca coisa... nem sei porque 'me seguem'... mas juro que estou tentando botar algo útil lá... sobre programa de rádio, shows, infos em geral... mas vamos que vamos...
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Secundariamente, em agosto vai rolar a 2a. Edição do MIP - Manifestação Internacional de Performance. 2009. Para quem não fuçou esse meu blog ou não faz a mínima idéia sobre esse espaço, em 2003 participei da primeira edição do MIP... e se não me engano fiz comentários sobre e tudo o mais por aqui... algo meio proto-twitter... mas com mais caracteres... esse ano... devo voltar lá... e devo comentar algo aqui...
curte performance art, faz trabalhos nesse sentido, etc... então... não perca:
http://www.ceia.art.br/mip2/CEIA_MIP2_inscricoes_abertas_web.pdf
Em breve volto com mais infos...
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Ps.: a mensagem abaixo foi um teste para apresentar a ferramenta e as possibilidades que o blogger proporciona, isso tudo a 'minha chefia'... bem... como ele rendeu um comentário, merece ficar... haha
terça-feira, abril 14, 2009
"A fenomenologia se mantém no nível do sentido do vivido, a análise lingüistica no plano dos enunciados, esta define o nível de expressão, aquela o nível de constituição. A fenomenologia define o plano de fundamentação, a análise lingüistica o plano de manifestação."
Isso que me interessa no momento... e que me incomoda, também... muito trabalho teórico pela frente, ainda...
Isso que me interessa no momento... e que me incomoda, também... muito trabalho teórico pela frente, ainda...
quinta-feira, janeiro 29, 2009
terça-feira, janeiro 27, 2009
Reflexões sobre a performance
Fernando Ribeiro
Artigo publicado no Jornal Gazeta do Povo,
Caderno G - Idéias, no dia 06 de setembro de 2008.
A performance art é, hoje, o meio artístico que proporciona uma maior experimentação por parte do artista. Por possuir uma estrutura aberta, ela pode englobar as mais diversas expressões, técnicas e tecnologias em um trabalho artístico. Tais possibilidades acabam, por isso, dificultando sua definição exata. Permanece constante a pergunta: mas o que é performance art?
A preocupação em definir performance art está em fechar seu conceito ou limitá-la. Realmente, é uma preocupação substancial, pois é uma característica sua não possuir regras ou limites prévios. Quem os dá é o artista quando cria; ou seja, cada performance terá suas próprias regras e seus próprios limites individuais. Isso pode passar a impressão de caos, de confusão, de que cada artista assim define o seu trabalho como performance por pura liberdade poética ou por convenção. Pois eu afirmo que não.
Todas as performances possuem, sim, elementos em comum, que aqui denomino elementos necessários. Por mais diversos que sejam seus temas, seus conteúdos, suas técnicas, esses elementos necessários são constantes e auxiliam a identificar um trabalho. Chamo de elementos necessários: o corpo, a ação, o público, o espaço e o tempo. Agora cabe explicá-los melhor.
O corpo não é apenas matéria ou material do artista, mas é o próprio artista, sua subjetividade. É no corpo que se encontra sua linguagem, seus signos, suas relações psicológicas, políticas e sociais. Por mais que o artista trabalhe com outros corpos, outras pessoas, é a sua idéia de corpo que opera dentro da performance. Assim, performance sempre é um direcionamento do artista para fora.
A ação é o que direciona a performance para o campo da comunicação. O corpo é a linguagem, a ação é a comunicação. A ação sempre produz significação aos outros; ela sempre tende ao diálogo. O artista não atua, age. Não é uma imitação ou representação: é ação viva, pura e simplesmente. A ação mais simples, como levantar um braço ou o modo de direcionar um olhar, já é significante. Até mesmo ficar parado, estático, define-se como ação. Negar-se a agir é uma atitude significante.
O público é a pluralidade das pessoas, e é com ela que a performance dialoga. O público sempre será uma incógnita a cada performance, pois não é massa, não é definido. São pessoas, cada uma com sua individualidade, sua vivência, suas experiências, se relacionando com o artista. Este não precisa tocar o público, fazê-los interagir de maneira direta para criar o diálogo. É por intermédio da ação, do corpo, seja distante ou próximo do público, que se cria uma relação. É a presença do público que possibilita o diálogo.
O espaço da performance é aquele que o artista denomina como tal. Todo e qualquer espaço permite as mais variadas possibilidades de desenvolvimento de uma performance, e o artista tem ciência disso. Por isso é possível que uma mesma performance aconteça em ruas, praças, espaços fechados ou mesmo galerias de arte e museus. O espaço fará parte da performance . Ele é absorvido, recomposto e reestruturado por ela.
Por fim, o tempo, que é essencial à performance. A”obra de arte” está no seu desenvolvimento temporal; é processo, é presente, momento, instante. No decorrer da performance, o artista opera o tempo, em si e no público, cria momentos, situações, acontecimentos. A partir da ação cria-se uma nova lógica temporal, que se extinguirá ao fim do seu trabalho, transportando a performance do presente para o passado, da experiência viva à memória.
Todos esses elementos necessários são realmente constantes. Mesmo existindo performances com mudanças estruturais, como a transferência da ação do artista para o público ou a midiatização do público, como é o caso da vídeo-performance, sempre teremos as relações de corpo, ação, público, espaço e tempo.
Para finalizar, é importante pontuar aqui uma característica que acredito ser essencial para um trabalho ser performance. Hoje vemos muitas intervenções urbanas e diversos trabalhos que podem possuir os elementos necessários citados acima, mas que não são necessariamente performance. Pois bem, acredito que exista uma intenção de performance, ou seja, a consciência do artista de produzir a significação do seu trabalho a partir da ação proposta. Em performance, a significação é construída no agir temporal, no presente da ação, e não somente no ato. Exemplificando: um artista faz uma intervenção urbana pendurando espelhos em árvores de uma praça. Será possível considerar performance se a ação dele — o pendurar os espelhos na árvore — for o fator significante do seu trabalho. Nesse caso, os espelhos pendurados nas árvores, após a ação propriamente dita, são resquícios da performance. No caso contrário, os espelhos nas árvores são o fator de significação e a ação foi apenas um meio necessário e sem peso significativo para o trabalho. Ou seja: não se configura uma performance.
Fernando Ribeiro, é artista da performance e DJ, cursa a Especialização em Estética e Filosofia da Arte na UFPR e ministra o curso “Performance Art nas Artes Visuais” no Centro Cultural Solar do Barão.
Fernando Ribeiro
Artigo publicado no Jornal Gazeta do Povo,
Caderno G - Idéias, no dia 06 de setembro de 2008.
A performance art é, hoje, o meio artístico que proporciona uma maior experimentação por parte do artista. Por possuir uma estrutura aberta, ela pode englobar as mais diversas expressões, técnicas e tecnologias em um trabalho artístico. Tais possibilidades acabam, por isso, dificultando sua definição exata. Permanece constante a pergunta: mas o que é performance art?
A preocupação em definir performance art está em fechar seu conceito ou limitá-la. Realmente, é uma preocupação substancial, pois é uma característica sua não possuir regras ou limites prévios. Quem os dá é o artista quando cria; ou seja, cada performance terá suas próprias regras e seus próprios limites individuais. Isso pode passar a impressão de caos, de confusão, de que cada artista assim define o seu trabalho como performance por pura liberdade poética ou por convenção. Pois eu afirmo que não.
Todas as performances possuem, sim, elementos em comum, que aqui denomino elementos necessários. Por mais diversos que sejam seus temas, seus conteúdos, suas técnicas, esses elementos necessários são constantes e auxiliam a identificar um trabalho. Chamo de elementos necessários: o corpo, a ação, o público, o espaço e o tempo. Agora cabe explicá-los melhor.
O corpo não é apenas matéria ou material do artista, mas é o próprio artista, sua subjetividade. É no corpo que se encontra sua linguagem, seus signos, suas relações psicológicas, políticas e sociais. Por mais que o artista trabalhe com outros corpos, outras pessoas, é a sua idéia de corpo que opera dentro da performance. Assim, performance sempre é um direcionamento do artista para fora.
A ação é o que direciona a performance para o campo da comunicação. O corpo é a linguagem, a ação é a comunicação. A ação sempre produz significação aos outros; ela sempre tende ao diálogo. O artista não atua, age. Não é uma imitação ou representação: é ação viva, pura e simplesmente. A ação mais simples, como levantar um braço ou o modo de direcionar um olhar, já é significante. Até mesmo ficar parado, estático, define-se como ação. Negar-se a agir é uma atitude significante.
O público é a pluralidade das pessoas, e é com ela que a performance dialoga. O público sempre será uma incógnita a cada performance, pois não é massa, não é definido. São pessoas, cada uma com sua individualidade, sua vivência, suas experiências, se relacionando com o artista. Este não precisa tocar o público, fazê-los interagir de maneira direta para criar o diálogo. É por intermédio da ação, do corpo, seja distante ou próximo do público, que se cria uma relação. É a presença do público que possibilita o diálogo.
O espaço da performance é aquele que o artista denomina como tal. Todo e qualquer espaço permite as mais variadas possibilidades de desenvolvimento de uma performance, e o artista tem ciência disso. Por isso é possível que uma mesma performance aconteça em ruas, praças, espaços fechados ou mesmo galerias de arte e museus. O espaço fará parte da performance . Ele é absorvido, recomposto e reestruturado por ela.
Por fim, o tempo, que é essencial à performance. A”obra de arte” está no seu desenvolvimento temporal; é processo, é presente, momento, instante. No decorrer da performance, o artista opera o tempo, em si e no público, cria momentos, situações, acontecimentos. A partir da ação cria-se uma nova lógica temporal, que se extinguirá ao fim do seu trabalho, transportando a performance do presente para o passado, da experiência viva à memória.
Todos esses elementos necessários são realmente constantes. Mesmo existindo performances com mudanças estruturais, como a transferência da ação do artista para o público ou a midiatização do público, como é o caso da vídeo-performance, sempre teremos as relações de corpo, ação, público, espaço e tempo.
Para finalizar, é importante pontuar aqui uma característica que acredito ser essencial para um trabalho ser performance. Hoje vemos muitas intervenções urbanas e diversos trabalhos que podem possuir os elementos necessários citados acima, mas que não são necessariamente performance. Pois bem, acredito que exista uma intenção de performance, ou seja, a consciência do artista de produzir a significação do seu trabalho a partir da ação proposta. Em performance, a significação é construída no agir temporal, no presente da ação, e não somente no ato. Exemplificando: um artista faz uma intervenção urbana pendurando espelhos em árvores de uma praça. Será possível considerar performance se a ação dele — o pendurar os espelhos na árvore — for o fator significante do seu trabalho. Nesse caso, os espelhos pendurados nas árvores, após a ação propriamente dita, são resquícios da performance. No caso contrário, os espelhos nas árvores são o fator de significação e a ação foi apenas um meio necessário e sem peso significativo para o trabalho. Ou seja: não se configura uma performance.
Fernando Ribeiro, é artista da performance e DJ, cursa a Especialização em Estética e Filosofia da Arte na UFPR e ministra o curso “Performance Art nas Artes Visuais” no Centro Cultural Solar do Barão.
quarta-feira, janeiro 14, 2009
para não dizer que esse blog morreu... lá vamos nós novamente...
se alguém meio doido resolver pesquisar esse blog, vai descobrir que as coisas mais sérias que já escrevi por aqui foi sobre performance... acho que são poucas, mas estão lá...
e por esse quesito mais sério que acredito que nada mais escrevi por aqui... não por não querer divulgar... mas mais por centralizar idéias, remoer, pensar, estudar, etc. Hoje mais do que nunca a seriedade referente ao assunto é bem maior.
E iniciei o ano mais disposto quanto ao assunto. Estou tocando ele dentro da especialização que estou cursando em filosofia. Estou muito feliz de conseguir levar o tema da performance para lá, pois meus estudos teóricos sobre o assunto sempre envolveram tal campo de estudo. Além disso tem os cursos de performance que comecei a ministrar no Solar do Barão, aqui em Curitiba. Ajudaram-me bastante a organizar as idéias e o conhecimento que adquiri em todo esse tempo.
É... já são 9 anos que comecei a me envolver com a performance art... e ainda parece que foi ontem... está na hora de produzir... não somente performance... mas textos teóricos sobre o assunto... quem sabe o que eu tiver de mais sólido não trago por aqui, quem sabe?
se alguém meio doido resolver pesquisar esse blog, vai descobrir que as coisas mais sérias que já escrevi por aqui foi sobre performance... acho que são poucas, mas estão lá...
e por esse quesito mais sério que acredito que nada mais escrevi por aqui... não por não querer divulgar... mas mais por centralizar idéias, remoer, pensar, estudar, etc. Hoje mais do que nunca a seriedade referente ao assunto é bem maior.
E iniciei o ano mais disposto quanto ao assunto. Estou tocando ele dentro da especialização que estou cursando em filosofia. Estou muito feliz de conseguir levar o tema da performance para lá, pois meus estudos teóricos sobre o assunto sempre envolveram tal campo de estudo. Além disso tem os cursos de performance que comecei a ministrar no Solar do Barão, aqui em Curitiba. Ajudaram-me bastante a organizar as idéias e o conhecimento que adquiri em todo esse tempo.
É... já são 9 anos que comecei a me envolver com a performance art... e ainda parece que foi ontem... está na hora de produzir... não somente performance... mas textos teóricos sobre o assunto... quem sabe o que eu tiver de mais sólido não trago por aqui, quem sabe?
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